A educação como ato político em Freire. A teoria antidialógica, a arbitrariedade cultural e a educação bancária: noções para compreender a reprodução das desigualdades na América Latina.

A educação como ato político em Freire. A teoria antidialógica, a arbitrariedade cultural e a educação bancária: noções para compreender a reprodução das desigualdades na América Latina.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22458/ie.v24i37.4316

Palavras-chave:

Educação, desigualdade social, opressão, Conflito social, liberdade de pensamento, Paulo Freire

Resumo

O ensaio propõe uma discussão para compreender a educação como ato político, a partir das noções de desigualdade social que estão implícitas na primeira fase da obra de Freire. Para isso, parte-se da compreensão do educativo, do social e do conflito na relação sujeito oprimido-sujeito opressor. Da mesma forma, a centralidade que nele adquirem noções como o dialógico versus o antidialógico, o vínculo entre objetividade e subjetividade, os processos de conscientização e práxis, ou seja, a relação conjunta de ação e reflexão crítica; tudo isso no marco da educação libertadora. Uma das premissas do ensaio é que na obra de Freire não há menção explícita ao que hoje é conhecido como abordagem da "desigualdade social", mas sim que ela é assumida na vasta discussão freireana. Defende-se que, por meio de relações antidialógicas, da definição do arbitrário cultural e da educação bancária, os sujeitos opressores garantem a manutenção das condições materiais e simbólicas de opressão. Em outras palavras, trata-se sobretudo de desigualdades de conhecimento, produto de uma educação que não permite o processo de humanização e conscientização para a libertação dos oprimidos.

Biografias Autor

Raúl García Fernández, Universidad Estatal a Distancia

Raúl García Fernández

Universidad Estatal a Distancia

San José, Costa Rica

jgarciaf@uned.ac.cr

ORCID:  https://orcid.org/0000-0003-0434-9587

Anthony García Marín, Universidad Estatal a Distancia

Anthony García Marín

Universidad Estatal a Distancia

San José, Costa Rica

agarciam@uned.ac.cr

ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4440-6219

Referências

Bobbio, N. (1993). Igualdad y libertad. Paidós.

Bourdieu, P. & Passeron, J.-C. (1979). La Reproducción: Elementos para una teoría del sistema educativo. Editorial Laia.

Claramunt, L. & Barros, M. V. (2019). La gestión de la educación en contexto de neoliberalismo. XIII Jornadas de Sociología. https://www.aacademica.org/000-023/449

Delfino, A. (2012). La noción de marginalidad en la teoría social latinoamericana: Surgimiento y actualidad. Universitas Humanística, 74, 17-34.

Escobar Guerrero, M. (2007). Las cuatro etapas de Paulo Freire en sus cinco pedagogías: Del oprimido, de la esperanza, de la autonomía, de la indignación y de la tolerancia. EccoS Revista Científica, 9(1), 199-219.

Freire, P. (1967). La educación como práctica de la libertad. Siglo XXI.

Freire, P. (1970). Pedagogía del oprimido. Siglo XXI.

Freire, P. (1971). ¿Extensión o comunicación?: La concientización en el medio rural. Siglo XXI.

Lucio-Villegas, E. (2015). Paulo Freire. La educación como instrumento para la justicia social. Revista Internacional de Educación para la Justicia Social, 4(1). https://revistas.uam.es/riejs/article/view/982

Mora Salas, M. & Pérez Sáinz, J. P. (2009). Excedente económico y persistencia de las desigualdades en América Latina. Revista Mexicana de Sociología, 71(3). http://revistamexicanadesociologia.unam.mx/index.php/rms/article/view/17757

Pérez Sáinz, J. P. (ed.) (2012). Sociedades fracturadas: La exclusión social en Centroamérica. FLACSO.

Pérez Sáinz, J. P. (2014). Mercados y bárbaros: La persistencia de las desigualdades de excedente en América Latina. FLACSO.

Pérez Sáinz, J. P. (2015). La región más desigual. En busca de sus raíces desde una perspectiva crítica. En M. Castillo Gallardo & C. Maldonado (eds.), Desigualdades: Tolerancia, legitimación y conflicto en las sociedades latinoamericanas (pp. 39-67). RIL Editores.

Pérez Sáinz, J. P. (ed.). (2018). Vidas sitiadas. Jóvenes, exclusión laboral y violencia urbana en Centroamérica. FLACSO.

Santelice Quiroga, F. (2017). Llaves reflexivas en torno a las desigualdades cotidianas y globales. Andamios, 14(33), 357-361.

Sartori, J. (2015). Educación bancaria / Educación problematizadora. En D. R. Streck, Dicionário Paulo Freire (p. 526). Consejo de Educación Popular de América Latina y el Caribe (CEAAL). https://ceaal.org/v3/libceaal_diccionariopaulofreire/

Tilly, C. (1998). Durable Inequality. University of California Press.

Publicado

2022-07-12

Como Citar

García Fernández, R., & García Marín, A. (2022). A educação como ato político em Freire. A teoria antidialógica, a arbitrariedade cultural e a educação bancária: noções para compreender a reprodução das desigualdades na América Latina. Innovaciones Educativas, 24(37), 266–276. https://doi.org/10.22458/ie.v24i37.4316
Loading...