A educação como ato político em Freire. A teoria antidialógica, a arbitrariedade cultural e a educação bancária: noções para compreender a reprodução das desigualdades na América Latina.
DOI:
https://doi.org/10.22458/ie.v24i37.4316Palavras-chave:
Educação, desigualdade social, opressão, Conflito social, liberdade de pensamento, Paulo FreireResumo
O ensaio propõe uma discussão para compreender a educação como ato político, a partir das noções de desigualdade social que estão implícitas na primeira fase da obra de Freire. Para isso, parte-se da compreensão do educativo, do social e do conflito na relação sujeito oprimido-sujeito opressor. Da mesma forma, a centralidade que nele adquirem noções como o dialógico versus o antidialógico, o vínculo entre objetividade e subjetividade, os processos de conscientização e práxis, ou seja, a relação conjunta de ação e reflexão crítica; tudo isso no marco da educação libertadora. Uma das premissas do ensaio é que na obra de Freire não há menção explícita ao que hoje é conhecido como abordagem da "desigualdade social", mas sim que ela é assumida na vasta discussão freireana. Defende-se que, por meio de relações antidialógicas, da definição do arbitrário cultural e da educação bancária, os sujeitos opressores garantem a manutenção das condições materiais e simbólicas de opressão. Em outras palavras, trata-se sobretudo de desigualdades de conhecimento, produto de uma educação que não permite o processo de humanização e conscientização para a libertação dos oprimidos.
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